Desde o dia 20/12, quando a jornalista Berenice Seabra publicou em sua coluna, no Jornal Extra, a informação de que a Fundação de Apoio à Escola Técnica seria transferida para a Secretaria de Educação, a preocupação em relação aos rumos da rede FAETEC tem sido o grande tema gerador de discussões, especulações e comentários entre os seus servidores, seja nas unidades escolares, seja nos mais diversos grupos presentes nas redes sociais. Em relação à notícia, ainda não confirmada por documento oficial, a Associação de Trabalhadores da FAETEC (ATFAETEC) já manifestou, em nota datada de 21/12, o seu repúdio a mais esta possível demonstração de autoritarismo do governo estadual. Afirmamos, na mesma nota, que a categoria e a comunidade escolar devem ser consultadas a respeito de quaisquer mudanças que afetem diretamente tanto a vida funcional do servidor quanto a qualidade de ensino característica da rede.

Entretanto, o Jornal Folha Dirigida, em sua edição de 23/12, publicou a notícia de que a Fundação de Apoio à Escola Técnica poderia iniciar o ano letivo de 2015 já em greve. A referida “informação” partiu de um dos diretores do SINDIPFAETEC, Sr. Bartolomeu Nascimento, que, arbitrariamente, falou em nome de toda a categoria, dizendo-se, com ela, traído pelo governo. Outros diretores da entidade também se posicionaram confirmando, desde já, a deflagração de uma greve e “marcando-a” para fevereiro do ano vindouro, caso a transferência entre secretarias seja concretizada durante do mês de janeiro de 2015.

A ATFAETEC, reafirmando os princípios democráticos que devem, inequivocamente, fundamentar nossas ações, não considera legítima uma tentativa de deflagração de greve que não seja proposta, discutida e votada pela base. Qualquer discurso que, de antemão, convoque a categoria, à revelia do poder de decisão que dela emana, não pode ser levado a termo. Tal discurso tende a revelar a contradição daqueles que, hoje, descobriram-se traídos pelo governo com o qual, outrora, definiam os rumos da nossa vida funcional. Lembremo-nos da greve histórica de 2013, cujo término se deu através de uma assembleia fraudada, após inúmeras tentativas de desmobilização dos servidores, sempre respaldadas pela direção da FAETEC. Além disso, muitos profissionais acabaram sucumbindo às pressões exercidas pelas direções de unidades, abdicando da greve, apesar de terem, inegavelmente, usufruído dos benefícios conquistados pelo movimento grevista. Curiosamente, muitos destes profissionais, agora, têm se mostrado veementemente favoráveis à deflagração de uma greve.


Somente a categoria pode decidir os rumos de sua luta. Nenhum passo atrás será dado, mas, uma vez que nossa luta de base é a defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade, nosso caminhar deve pautar-se impreterivelmente pela perspectiva democrática. Não permitiremos que o governo nos alije de nossas conquistas e de nossa autonomia pedagógica, todavia não seremos massa de manobra para a manutenção de interesses alheios aos do coletivo de trabalhadores da FAETEC.
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1 comentários:

  1. oba!! Aqui nós podemos fazer nosso comentário (há quanto tempo não podemos no site do sindpefaetec...)

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